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sábado, 23 de junho de 2012

Alta Idade Média


A Idade Média se divide em dois períodos:
- Alta Idade Média (do século V ao século XII)
- Baixa Idade Média (do século XI ao século XV)

    Enquanto os historiadores do Renascimento condenam a Idade Média, por dizerem que foi um período sem avanços culturais e que interrompeu o progresso da ciência e da razão, os historiadores da Nova História tratam a Idade Média como um período relevante, em que houve progressos na educação e na tecnologia. Para os historiadores humanistas, a Idade Média é chamada de Idade das Trevas.
    Os povos bárbaros dividiram o Império Romano em reinos, subdivididos em tribos, na qual comandavam chefes militares. As tribos germânicas eram baseadas em um código de honra baseado na fidelidade, e também havia o direito consuetudinário, de tradição oral, baseado nos costumes. Por último, havia o comitatus-beneficium, costume de doação de terras, fundamentado na fidelidade em relação ao nobre.
    As estruturas românicas e germânicas deram origem aos povos bárbaros e depois ao feudalismo. Enquanto os francos ocupavam a região, Roma decaía, com a deposição do último imperador, Rômulo Augústulo.
    Os francos, então divididos em duas grandes tribos, os sálicos e os ripuários, foram unificados por Clóvis (481-511), neto de Meroveu, consolidando a Dinastia Merovíngia.
    Em 732, os francos enfrentaram um conflito com os muçulmanos, a Batalha de Poitiers. Sob a liderança de Carlos Martel, os francos venceram o conflito.
    Com a aprovação do Papa Zacarias, o último rei merovíngio, Childerico III foi encerrado em um mosteiro. Teve início então a dinastia Carolíngia, cujo primeiro rei foi Pepino, o Breve.
    Com a morte de Pepino, em 1768, o reino ficou entre seus filhos Carlomano e Carlos Magno. Com a morte de Carlomano, em 771, Carlos Magno passou a governar sozinho.
    Carlos Magno foi o maior guerreiro e conquistador da Idade Média, expandindo o Reino Franco e dando-lhe segurança.
   Quando morreu, Carlos Magno foi sucedido por seu ilho Luís, o Piedoso, que governou até 840. Em 843, o Reino Franco foi dividido entre sues filhos Carlos, Lotário e Luís. O Reino Franco foi então dividido em França Oriental, França Ocidental e França Central.
    A autoridade real, à medida que se desgastava, foi dando origem aos feudos, uma vez que os territórios foram cada vez mais sendo divididos (entre marqueses, condes, duques e barões), promovendo descentralização do poder. Portanto, com o passar do tempo o poder do rei passou apenas a ser nominal e de direito.
    O feudalismo veio de uma tradição germânica e outra românica e latina. Elementos românicos presentes no feudalismo: o colonato e o cristianismo. Elementos germânicos: comitatus-beneficium e economia agrícola.
    Podemos definir feudalismo como sistema político, econômico e social baseado na agricultura, comandado pelos senhores feudais, que submetiam os servos ao trabalho e a pesados impostos, como a talha e a corveia.
    O feudo era dividido em três áreas: manso comunal – de uso comum tanto dos camponeses como do senhor feudal, manso senhorial – de uso dos senhores feudais, onde se encontravam as benfeitorias e o manso servil – habitado pelos camponeses, local no qual também trabalhavam.
    Durante o feudalismo, a Igreja detinha poder supranacional, capaz de intervir nas disputas locais entre os nobres. A cultura eclesiástica foi a predominante durante a Idade Média e a Igreja detinha poder moral e religioso.
    A sociedade feudal era estamental, dividida em: oratores (rezadores), bellatores (nobres proprietários e militares) e laboratores (camponeses).
Não havia mobilidade social. A cavalaria era um importante elemento do feudalismo, já que conjugava o clero e a nobreza. O cavaleiro era um guerreiro a serviço de Deus.
    Os servos eram os trabalhadores da terra e estavam presos a diversas obrigações feudais, tais como:
Talha: parte da produção dos camponeses era entregue ao senhor feudal, como forma de pagamento pelo uso da terra.
Corveia: jornada de trabalho de três dias no feudo.
Banalidade: imposto pago pelo uso de equipamentos do feudo, como o moinho e o forno.
Mão-morta: imposto pago devido à morte de algum membro da família.
Dízimo: 10% da produção do camponês eram destinados à Igreja.
    A tenência era o espaço ocupado pela família do servo, onde se plantava e criava animais.

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