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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A briga entre árabes e judeus pela Palestina

    A Palestina foi ocupada por hebreus (judeus) no ano 1000 a.C. Com o passar do tempo, a região foi dominada por diversos povos, como os assírios e os romanos. No entanto, no século I d.C., após os judeus se oporem ao domínio romano, houve a chamada diáspora, em que os hebreus foram expulsos de seu território e ficaram dispersos pelo mundo.
   No século VII, os árabes, durante seu processo de expansão territorial, conquistaram a Palestina, que passou a fazer parte do Império Muçulmano. O problema começa a partir daí.
   Cansados de viver aproximadamente dezenove séculos sem pátria, os judeus, então, iniciaram um movimento nacionalista no século XIX denominado sionismo, em que defendiam a criação de um Estado Judaico. Pois bem, o território escolhido foi justamente a Palestina, local sobre o qual os judeus afirmavam possuir direito de ocupação histórico.
   Assim, teve início um processo de migração dos judeus rumo à Palestina. Essa é a origem do problema, pois os árabes palestinos não admitem a presença dos judeus no seu território.
   Em 1947, a ONU, buscando solucionar o problema, propôs a divisão do território palestino em dois Estados: 57% do território caberia aos judeus e os 43% restantes aos palestinos. Ambos os lados não concordaram com essa divisão e afirmaram que caso a divisão fosse concretizada, declarariam guerra.
   Feita a divisão e criado o Estado de Israel, em 1948, forças aliadas do Egito, Líbano, Síria, Iraque e Transjordânia (atual Cisjordânia) invadiram Israel. A vitória dos judeus, em 1949, resultou no fim do que seria o Estado Árabe da Palestina: uma parte dele foi anexada à Israel, outra (atual Cisjordânia) foi anexada à atual Jordânia, e o Egito ficou com a região de Gaza.
   Milhões de palestinos foram transformados em cidadãos de segunda categoria nos territórios ocupados por Israel, outros tantos foram expulsos da Palestina, passando a viver em campos de refugiados, nos países árabes vizinhos. Começava, assim, a Questão Palestina. Outras guerras, como a de Suez, em 1956, a dos Seis Dias, em 1967, e a do Yom Kippur, em 1973, contribuíram para a ampliação das fronteiras e do prestígio militar de Israel.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

"In My Life", uma das obras mais lindas do The Beatles


   



A música "In My Life", do The Beatles, é quase um poema e mostra porque a banda é a maior de todos os tempos. A música fala de alguém que lembra de suas vivências e dos lugares onde esteve na vida, mas que após conhecer a pessoa amada, passou a atribuir muito mais significado a essa pessoa do que às suas próprias memórias. Algo recorrente na vida das pessoas que realmente amam; quando alguém conhece a pessoa amada, o mundo ao redor, o passado, as lembranças, enfim, tudo isso parece perder significado frente a essa pessoa. A música é linda e realmente vale a pena ouvi-la. Deixo o link do 4shared para baixá-la, um vídeo do The Beatles com a música e também a letra com a tradução. 

Baixar a música no 4shared: http://www.4shared.com/mp3/3dV9BtWR/Beatles_-_In_My_Life.html
          

In My Life                                                          Em minha vida
There are places I remember                                 Há lugares de que me lembro
All my life though some have changed                    Em toda minha embora alguns tenham mudado
Some forever not for better                                   Alguns para sempre e não para melhor
Some have gone and some remain                         Alguns se foram e alguns permanecem

All these places had their moments                        Todos esses lugares tiveram seus momentos    
With lovers and friends I still can recall                  Com amores e amigos que eu ainda lembro
Some are dead and some are living                        Alguns estão mortos e outros estão vivos
In my life I've loved them all                                   Na minha vida eu amei a eles todos

But of all these friends and lovers                           Mas de todos os amigos e amores
There's no one compares with you                         Não há nenhum que se compare a você
And these memories lose their meaning                  E essas memórias perdem seus significados
When I think of love as something new                  Quando eu penso no amor como algo novo

I know I'll never lose affection                               Eu sei que nunca vou perder o afeto
For people and things that went before                  Pelas pessoas e coisas do meu passado
I know I'll often stop and think about them            Eu sei que frequentemente vou parar e pensar nelas
In my life I'll love you more                                   Na minha vida amarei mais você


I know I'll never lose affection                              Eu sei que nunca vou perder o afeto
For people and things that went before                Pelas pessoas e coisas do meu passado
I know I'll often stop and think about them           Eu sei que frequentemente vou parar e pensar nelas
In my life I'll love you more...                               Na minha vida amarei mais você

In my life I'll love you more...                               Na minha vida amarei mais você...


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Os legisladores gregos

    Os legisladores atenienses surgiram após reivindicações de reformas sociais, principalmente devido à restrita participação política que os cidadãos atenienses enfrentavam.
    O primeiro legislador foi Drácon, que transformou leis que até então eram orais em leis escritas. O código legal de Drácon proibia as vendetas – a guerra entre famílias por vingança. Além de muito severo, esse código não resolvia os problemas sociais existentes na época, conservando as desigualdades sociais e aumentando o descontentamento popular.
    Em 594 a.C., os comerciantes conseguiram a nomeação de Sólon, um eupátrida (nobre) por nascimento e comerciante por profissão. As reformas de Sólon abriram caminho para a democracia ateniense. Sólon conseguiu abolir a escravidão por dívidas e também dividiu a sociedade de acordo com a renda, ou seja, censitariamente.
    O princípio censitário adotado por Sólon abriu caminho para que os ricos comerciantes atenienses obtivessem participação política, uma vez que o critério para participar das decisões políticas era a renda. Sólon também criou a Bulé ou Conselho dos Quatrocentos, que abria a participação política para as três primeiras classes sociais.
    O último elo da cadeia das reformas iniciadas por Drácon e Sólon foram as reformas realizadas por Clístenes. Clístenes transformou fundamentalmente a estrutura social e política de Atenas. Em termos políticos, a sua reforma reduziu o poder dos eupátridas, aumentou o poder das instituições populares e reduziu o número de classes para três: cidadãos, metecos e escravos.
    Os cidadãos compreendiam todos os atenienses homens e adultos, ou seja, homens e adultos maiores de 18 anos, filhos de pais e mães atenienses. Os cidadãos menos qualificados maior liberdade e garantia de vários direitos. Um pobre camponês é um cidadão, assim como um rico comerciante ou aristocrata de terras. A transformação empreendida por Clístenes garantiu a Atenas anos de prosperidade econômica e de paz.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

As correntes filosóficas helenísticas

   A filosofia helenística, que veio após os três principais filósofos gregos (Sócrates, Platão e Aristóteles), continuou a investigar os problemas que eram discutidos anteriormente. Uma das questões era saber o que era a verdadeira felicidade e como atingi-la. Há quatro correntes filosóficas principais, sobre as quais falarei abaixo.

Os Cínicos
    Os cínicos afirmavam que a felicidade verdadeira deve ser atingida através da libertação de coisas efêmeras, como luxo, poder político e boa saúde. A felicidade não consiste nessas coisas externas e, por isso, pode ser atingida por todos. Uma vez que essa felicidade é atingida, ela não pode mais ser perdida.  
    Os cínicos achavam que as pessoas não precisavam ter preocupações com sofrimento ou morte. Elas também não precisavam se preocupar com o sofrimento alheio. Atualmente, quando empregamos a palavra cinismo, estamos relacionando-a a esse aspecto, de insensibilidade ao sentir e sofrer do outro.

Os Estoicos
    Assim como Heráclito, os estoicos afirmavam que todos eram parte de uma mesma razão ou "logos". Cada pessoa no mundo seria um "microcosmo", que era reflexo do "macrocosmo".
    Isso levou à ideia de um direito universalmente válido, o assim chamado direito natural. O direito natural está baseado no fato de o homem e o Universo fazerem parte de uma razão atemporal que é imutável. Nesse sentido, os estoicos se posicionam contra os sofistas, assim como Sócrates.

Os Epicureus
    Para os epicureus, o prazer era o bem supremo, e a dor, o mal supremo. Deste modo, o sofrimento e a dor devem ser evitados a todo custo para garantir a felicidade. O objetivo dos cínicos e dos estoicos é suportar todas as formas de dor, enquanto o objetivo dos epicureus é evitar todo tipo de dor.
    O principal representante desta corrente é Epicuro. Epicuro defende também que o resultado prazeroso de curto prazo deve ser ponderado em relação a um prazer mais duradouro, de longo prazo. Epicuro também defende que para viver uma boa vida, não devemos temer a morte.

O Neoplatonismo
     O Neoplatonismo tem sua inspiração em Platão, daí o nome dessa corrente filosófica. Existe uma boa analogia para entender esta teoria.
     Imagine uma fogueira, da qual saem centelhas em diversas direções. Próximo da fogueira, a noite é iluminada, e a alguns quilômetros de distância ainda é possível ver o brilho desta fogueira. Conforme a distância aumenta, em um determinado ponto, a luz do fogo não consegue ser vista.
     Agora imagine a realidade como sendo esta enorme fogueira. O que arde é Deus - e as trevas lá fora são a matéria fria, da qual são feitos homens e animais. Junto a Deus estão as ideias eternas, que são as formas primordiais de todas as criaturas. Sobretudo a alma humana é uma "centelha de fogo". Mas por toda a parte na natureza aparece um pouco desta luz divina. Podemos vê-la em todos os seres vivos.